segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Penedo e a realização do projeto.






Chegamos a Penedo e nos hospedamos em um casarão colonial, construido pelos holandeses que ali estiveram. Na mesma manhã, nos dirigimos à foz, onde cumprimos nosso compromisso final: atirar às águas do Velho Chico, as pedras que haviamos coletado na nascente. No início do ano aqui estivemos e levamos algumas pedras para jogar na nascente. Este foi o início da viagem. Nossa missão foi cumprida. Comemos um bela peixada comemorativa em Peba visitamos as cerâmicas de Carrapicho, dormimos e pela manhã de hoje, no último adeus ao São Francisco, capturei uma foto que fecha a viagem. É a opinião de todos os perguntados, da nascente à foz, exceto no estado do Piauí: não à trasposição.
Estamos agora em Aracajú, onde passaremos o reveilon e amanhã tocamos pra Chapada Diamantina, a meio caminho de casa.

Propriá e Porto Real do Colégio.






Saindo de Piranhas, passamos por uma pequena barragem, a Usina do Xingó, onde existem incríveis canions. Não foi possível visitá-los, pois nosso tempo vai ficando escasso. Daí a Sergipe, chegando em Propriá, com Porto Real do Colégio na outra margem. Cidades do tempo do Império. Em Propriá chegamos com um parque de diversões, dormimos em frente ao São Francisco. No outro dia cedo fomos a Porto Real e tocamos pra Penedo.

Primeiros sinais de vida. A cidade onde morreu Lampião.






Saindo novamente da Bahia, nesta sucessão de fronteiras que temos vivido, encontramos em Alagoas os primeiros sinais de vida, logo depois de Paulo Afonso, com algumas árvores florindo, assentamentos rurais, projetos de irrigação novamente aparecem. Chegamos a Piranhas, cidade onde morreu Lampião. Tudo na cidade gira em torno do rio e do Rei do Cangaço.

Belém do São Francisco e mais agreste.





Na noite seguinte dormimos em Belém do São Francisco, n]em um hotel surpreendentemente bom e barato, por estar naqueles fins de mundo. Onde chegávamos era festa, principalmente pra garotada que nos rodeava. Ali comprei mais alguns CDs de música regional de verdade e seguimos pelo agreste, com direito a todos os rios secos. A fartura dos projetos de irrigação que são inúmeros no Vale do São Francisco, ali não existem.

O agreste.





Começa aí a parte mais agreste da viagem, com paisagens impressionantes de sêca. Santa Maria da Boa Vista inicia esta etapa. São kms e kms onde se vê apenas árvores retorcidas e muita areia e pedra. Difícil imaginar que ali se encontrem tantos cabritos. O que será que eles comem?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Barragem de Sobradinho






Lembram-se daquele cabelo desgrenhado que o Véio Clóvis ostentava até então? pois foi deixado num salão em São Raimundo Nonato, com uma técnica de corte jamais vista e pelo preço exorbitante de 5 reais. De volta então a Remanso, pra retomar o roteiro original, rumo a Sobradinho e agora, postando diretamente de Juazeiro e Petrolina.

Serra da Capivara - PI






Pra nossa infelicidade, o Parque da Serra da Capivara está fechado para quarentena. Alguns símios do parque morreram e estão estudando as causas, mas pudemos visitar o Museu da Raça Humana, impressionante registro da passagem do homem por alí, alem do entorno do Parque, onde registramos algumas imagens também impressionantes.

Da Bahia ao Piauí






De Remanso, após o descanso merecido, rumo ao Piauí, buscando a Serra da Capivara, município de São Raimundo Nonato. Paisagens insólitas e diferentes. Muitos animais na pista, asfalto horrível, que melhora um pouco no PI.

Navegando no Velho Chico - Parte 2






O homem ocupa todos os lugares. Casinhas e igrejas ao longe nos atestam isso. O assoreamento visto de dentro do barco, parece invitável, visto que os barrancos vão solapando e caindo. O Mateus foi testemunha de um destes desbarrancamentos, e garante que foi impressionante. Pudemos ainda observar embevecidos o por do sol e o nascer de uma lua cheia incrível. Foi um verdadeiro desbunde a última parte da viagem, que havia se iniciado às 14 e só terminou às 20 horas. Descarregamos as motos já de noite, com mais dificuldade que o carregamento. Infelizmente não tivemos condições de registrar o "feito". As fotos do por do sol e do nascer da lua poderão ser vistas no álbum que publicaremos no fim da viagem.

Navegando no Velho Chico





O Baiano velho termina o serviço e já podemos embarcar as motos. Não foi fácil colocar as DRs no fundo piso daquele barco. Contamos com a colaboração de vários nativos, que entre piadas e risadas conseguiram fazer a parte dura da coisa: a fôrça. Quem capitaneou nossa embarcação foi um garôto de 17 anos, o Júnior, que é mais homem do que muitos corôas que conheço. Foram 6 horas de navegação prazeirosa, não fosse o barulho do motor de F4000 que equipa a canoa. Pudemos observar a degradação e assoreamento do rio, que em alguns lugares já oferece perigo de encalhamento, como aconteceu por duas vezes. As populações ribeirinhas se aglomeram em pequenas vilas, com igrejas e casas de pau a pique, sendo que invariavelmente possuem uma parabólica ao lado de cada habitação. Um contraste interessante.